Minha viagem aos EUA - Startups


by Rafael Rosa

Salve,

Em primeiro lugar, mil desculpas por não postar aqui as coisas que aconteceram durante minha viagem, sou péssimo blogueiro itinerante, twittei várias coisas, mas não é o mesmo, e depois acabei me enrolando com um monte de coisas e não tive tempo/saco de escrever sobre tudo o que rolou por lá.

Posso dizer que tive boas e más surpresas. Foi bom ter visitado San Francisco primeiro e depois outras cidades, no caso Las Vegas e Los Angeles. Em SF vi várias coisas que me mostraram um lado positivo e legal dos americanos, lá meus preconceitos caíram por terra, conheci várias pessoas legais, simpáticas, não violentas, não preconceituosas, inteligentes e que sabiam que havia um mundo além das fronteiras dos EUA. Eu é que estava enganado.

Para não ficar um post akitado, vou dividí-lo em 5 partes: Startups, iPad, O Declínio do Império Americano, Invasões Bárbaras e Pivotal

Startups

San Francisco é uma cidade ótima, relativamente bonita, fácil de andar a pé, não é muito grande, o clima estava legal, e tive a oportunidade de conhecer várias empresas que admiro, entre elas o Twitter, o Heroku, o Facebook e a Pivotal Labs. Conheci essas empresas através de amigos, contatos ou um pouco de cara de pau :) Também fui à EngineYard e à Carbon Five em meetups que eles organizaram, e deveria ter visitado a ThoughtWorks e a Cloud.com, mas infelizmente não foi possível. Além disso, andei um pouco pela cidade e conheci alguns lugares interessantes, acho que um dos melhores foi a Cheesecake Factory :)

Essas visitas foram muito boas, me renderam boas conversas e aprendi bastante, foi uma experiência muito legal, não daria para resumir tudo em pouco espaço. Se você quiser ter uma idéia de como é o ambiente das três primeiras que citei, (momento jaba) recomendo ouvir série “Conquistando o Vale do Silício” do Grok Podcast, onde conversamos com o Martin Aumont que trabalha no Twitter, o Pedro Belo do Heroku e o Rodrigo Schmidt, o primeiro é canadense e os dois últimos são brasileiros, e foram super legais em conversar comigo e com o Brando sobre como é viver e trabalhar por lá, o processo de imigração, as burocracias e as coisas legais de cada empresa.

A Pivotal, eu acho que vale um post a parte, porque não conseguirei entrevistá-los para o Grok, já ninguém fala português por lá, mas é uma história que merece ser contatada, acho que foi um dos lugares mais interessantes e diferentes que conheci. Quanto a Engine Yard e a Carbon Five, os meetups não foram legais, tinha pouca gente e não rolou conversar com muita gente, então não dá para formar uma opinião sólida sobre elas, exceto que eles tem escritórios legais. Aliás, escritórios legais é o que eu mais vi.

O do Twitter é super legal, tem um refeitório bacaníssimo e gigante, e por mais que esteja lotado de gente, o lugar é silencisoso como uma igreja, achei bizarro. Foi divertido quando entramos no elevador e havia um grupo de engravatados nele. Depois que desceram o Martin me comentou que eles dividiam o prédio com o pessoal da AT&T e que era bem fácil saber quem trabalhava lá e quem era do Twitter: o pessoal do Twitter usava camiseta e bermuda e tinham várias tatuagens, o da AT&T eram os de cara amarrada :)

O do Heroku é super cool, parece um armazém antigo com um mesanino, escadas de ferro e paredes de tijolos aparentes, e na cobertura do prédio tem até uma espécie de sacada onde o pessoal colocou alguns sofás e plantas, e ficam trabalhando de lá, o único inconveniente é aguentar o vento e o sol, que são inclementes.

O Facebook é gigante, parece um prédio da USP: um enorme retângulo de concreto no meio do verde, com quadras de basquete nos fundos, mas dentro é mais legal ainda. Os ambientes são totalmente abertos e o Rodrigo me falou que não há regras para se decorar as mesas ou mantê-las padronizadas, os funcionários podem alterar o ambiente como quiserem, o que inclui colocar cadeiras estranhas, plantas, fotos e até mesmo criar uma parede onde os visitantes podem escrever e deixar um recado, como eu fiz :)

Não preciso dizer que esses lugares estavam todos tomados de iMacs, Macbooks Pro, iPads, iPhones e Androids, algumas máquinas com Linux e nenhum Windows a vista. Podem falar o que quiserem, mas para mim isso é um indicador bastante forte do que se considera uma máquina útil numa empresa de tecnologia de ponta. Outra coisa que se via em todos os lugares eram suportes para bicicletas, todos os escritórios tinham alguns.

Aproveito para agradecer ao Martin, ao Pedro, ao Rodrigo e ao Flávio Pripas, que me apresentou o Rodrigo. Também agradeço ao Carlos Villela, que me ofereceu uma visita na TW mas não pude ir por causa da agenda, uma pena, queria muito ter conhecido o escritório deles.

No próximo post vou falar sobre minha experiência com o iPad, aguardem :)